quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Realidade de Rua no XV Encontro de Pessoas Vivendo com HIV e Aids





De 25 a 27 de Novembro de 2010, Michelle Aparecida dos Santos, José Nedir Ramires (o Ceco), Carla Almeida, Sandra Helena Gomes e Luciano Marinho (o Tiano) viajaram para o Rio de Janeiro, representando o Gapa/RS. Michelle e Ceco escreveram sobre a experiência:


Os 2 viajantes que foram pro Rio de Janeiro participaram do XV Encontro de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS. Teve palestras falando sobre a vivência das pessoas com HIV e AIDS, soropositivos, soro discordantes, o uso direto e freqüente da camisinha. Cantamos nossa música do Gapa Hip Hop Saúde.

As músicas falam todas sobre o uso indevido das drogas, do mal que elas causam. Para mostrar que droga não é bom, droga é droga.

Michelle participou de um desfile para uma grife chamada Daspu no dia 27 de novembro das 17:00 as 18:00 horas.



“A gente estava no encontro justamente quando a polícia estava em guerra contra o tráfico na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão. Sobre a violência no Rio de Janeiro, não ouvimos os tiros, mas passamos próximo ao Complexo do Alemão”, lembra Ceco.

“Fiquei normal, porque tinha uma distância. Meu maior era que, no primeiro hotel em que eu tava hospedado, a gente tava junto com a Polícia Federal. O maior prazer deles era desfilarem com fuzil e colete à prova de bala. A bala tava pegando”, diz Ceco.

O outro hotel onde tava acontecendo o XV Vivendo Pela Vida foi na Lapa. A sede do Pela Vida é em Niterói. Ceco viu os Arcos da Lapa e achou bem bacana. Nas três noites teve shows ali de MPB. Ali o que tem muito é botequim com samba de mesa.



Ceco conta como foi a apresentação deles no encontro:

No começo da apresentação a gente tava meio tímido. Era a primeira vez que pegava um público tão diferente em nível social. Intimidou um pouco. Era diferente de Porto Alegre – de ter prestígio e entrar em locais, sem ser questionado.

Durante a oficina que apresentamos, começamos a trocar ideias e fazer intercâmbios. A gente perdeu a timidez.

No momento em fomos apresentar o projeto, eles, da plateia, não imaginavam que tavam falando com ‘dependentes ativos’. Quando souberam, ficaram impressionados. Perguntaram como seria possível: ‘Vocês, como ‘dependentes ativos’, como é esta sensação?’

Respondemos que temos três momentos: de prazer, do trabalho e do compromisso. Primeiro é o trabalho, vamos deixar o prazer para a hora do prazer
".

Nenhum comentário: